Impactos da mineração na região, bacia hidrográfica do Rio Pardo, falsos benefícios das mineradoras, desenvolvimento territorial.
O avanço da mineração no território da bacia hidrográfica do Rio Pardo tem levado todos a refletirem sobre quais são as vantagens efetivas que existem ao abrir mão dos recursos naturais, do modo de vida e das possibilidades que a realidade local oferece para servir de sustentação para o progresso alheio.
Os estados de Minas Gerais e Bahia, 2º e 3º respectivamente no ranking da mineração no Brasil, já há algum tempo sofrem as consequências da implantação de projetos minerários: expropriação ambiental, extinção de biomas, contaminação da água e morte de rios são alguns dos reflexos.
Na porção dos dois estados que corresponde à BHRP, movimentos sociais, universidades, entidades religiosas e povos tradicionais têm levantado o questionamento acerca dos impactos de projetos minerários na região e o reflexo disso no presente e no futuro.
Os benefícios oferecidos pelas empresas mineradoras não são suficientes a ponto de justificar o sacrifício do potencial do território. A oferta de serviços que deveriam ser garantidos pelo Estado, por exemplo, embora tenha muita utilidade em contextos socioeconômicos como na BHRP, não garantem a autonomia e o desenvolvimento integral das comunidades.
A soma de esforços de jovens lideranças que se articulam na defesa do território visa ampliar a compreensão da sociedade acerca do impacto desses projetos minerários na região, principalmente a população diretamente impactada como ribeirinhos, comunidades tradicionais e a população indígena.
Mais que “benefícios” pontuais, busca-se garantias de que a população não ficará refém dos planos de negócios das empresas que estão submetidas ao mercado capitalista com seus altos e baixos. Essas lideranças querem ver asseguradas as condições fundamentais ao desenvolvimento territorial como a preservação do meio ambiente e garantia de direitos.
Da Redação