Viveiros de mudas nativas e frutíferas contribuem para a geração de renda de famílias e para a defesa da Bacia do Rio Pardo

Mandim de Cima, Itarantim. Foto: Mirian Silva/CEAS.

Entre os dias 21 e 24 de janeiro, o CEAS – Centro de Estudo e Ação Social realizou uma série de visitas técnicas às comunidades Lagoa Verde (Cândido Sales), Cachoeira (Ribeirão do Largo) e Manjerona (Encruzilhada). O objetivo foi viabilizar a construção e a melhoria de viveiros de mudas, destinados à produção de espécies nativas, frutíferas e outras que contribuam para a preservação e a recuperação de territórios ameaçados pelo avanço do capital mineral e do agronegócio.

Esses viveiros não apenas servirão como espaços de produção, mas também como ambientes pedagógicos para o compartilhamento de conhecimentos técnicos e populares. Além disso, fortalecerão o trabalho coletivo e solidário, gerando renda para mulheres e jovens das comunidades.

Na comunidade Lagoa Verde, onde já existe um viveiro assessorado pelo CEAS, a visita focou na definição da estrutura para a instalação de uma placa solar. Essa tecnologia será utilizada para automatizar a captação de água, essencial para a irrigação das mudas. Atualmente, o viveiro conta com mais de 500 mudas de umbu (Spondias tuberosa), espécie típica da Caatinga, além de uma diversidade de espécies nativas e frutíferas, como Ingazeira, Sete Cascas, Mulungu, Moringa, Pau-D`arco, Cacau, Abacate, Umbu e Manga.

A iniciativa conta com a parceria do projeto Umbu Gigante, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), que tem capacitado agricultores e agricultoras da região em técnicas de enxertia da espécie, e da HEKS, que apoia iniciativas comunitárias de preservação e defesa dos bens naturais em vários países.

As mudas produzidas nos viveiros serão prioritariamente destinadas à recuperação e à preservação de territórios camponeses localizados em quatro microbacias hidrográficas da porção média do Rio Pardo. As espécies escolhidas – frutíferas, alimentares e medicinais – visam contribuir para a segurança alimentar, hídrica e energética, além de proteger e defender os bens hídricos da região.

A meta é que, até o final de 2025, esses espaços produzam aproximadamente 4.000 mudas, beneficiando direta e indiretamente cerca de 500 famílias e garantindo a proteção de 20.000 m² de áreas de preservação ambiental.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *